ESTUDOS HERMÉTICOS AVANÇADOS

Meditação no Logos (Verbo) - descubra o poder das palavras sagradas.

Geometria divina - aprenda a usar a energia dos símbolos.

Descubra o Mundo Espiritual à sua volta e CAMINHE POR ELE.

Desvende os Segredos e os Códigos da Bíblia e de outros textos sagrados.

Aprenda como REALMENTE se COMUNICAR com DEUS, o mundo espiritual e as forças que ali existem.

Descubra e aprenda a USAR suas capacidades ESPIRITUAIS.

MERGULHE NOS MISTÉRIOS DO INFINITO E ABRA SEUS OLHOS PARA A VERDADE!

Shema Shekinah Adonai


“Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido"

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Significado da Realidade

Significado da Realidade
Eramos vinte e uma pessoas, sentadas em forma de meia lua, todos direcionados rumo ao Reverendo Makoto que proferia uma palestra sobre a noção real da idolatria e sobre a realidade  espiritual que nos cerca .
Makoto explanava sobre a essência da realidade, nos dizendo que nossos sentidos eram nosso referencial de realidade, mas que na verdade esta ia bem além deles.
- Entendam, aquele que deseja ver para acreditar, apenas pensa assim pelo fato de não entender o sentido do real VER. VER é muito mais que enxergar, pois enxergar é um ato de nossos olhos e VER se relaciona com nosso espírito. Somente quando se entende sobre os segredos da espiritualidade  é que se consegue realmente VER.
Percebendo que muitos ali não estavam entendendo suas colocações, o Reverendo apontou para um participante e falou:
- Quando olha para essa estatua ao fundo, o que vê?- ele se referia a estatua, feita em bronze de um Samurai que ostentava um par de espadas em sua cintura.
O rapaz olhou e disse:
- Vejo séculos de tradição, honra, dever, e cultura que ...- mas nisso Makoto o interrompeu dizendo que era cego como todos.
- Isso que diz não é VER, mas sim interpretar o significado que esta imagem tem para você.
- Não há nada para se ver ali! – falei, quase sem pensar.
      Makoto me olhou e perguntou por que havia dito aquilo.
      Eu respondi que realmente não sabia por que havia falado.
      - Mas o que disse esta correto. Não existe nada aqui para se ver; o único objetivo desta estatua estar aqui é pelo ego daquele que a colocou e pelo desejo deste em me agradar. Desejo este desnecessário pois somente se agrada aquele que busca algo. E eu nada busco. Por isso esta estatua nada diz, sendo apenas algo em nosso campo visual que nenhuma relação tem com o que chamo de VER. Imagens nada significam no caminho de Deus, pois Deus não busca nada, não precisa de nada. Deus não esta em estatuas e quando uma pessoa cria um vinculo com uma imagem, este vinculo nada tem haver com Deus.
      - Mas, Reverendo! Então o que é ver?- perguntou um outro.
      - VER... é ir além das imagens, mergulhando no mundo espiritual. Por exemplo, olhe nos meus olhos. – pediu ele.
      O aluno o fez e nisso começou a demonstrar desconforto até que nitidamente assustado pareceu travar nos olhos de Makoto sem conseguir retirar dali sua visão. O Reverendo nisso desviou o olhar, fazendo-o se encolher ofegante, como um feto, no solo.
      Todos olharam assustados e Makoto indo até ele, perguntou:
- O que viu?
Após balbuciar algo, o rapaz falou:
- Não sei...somente tive muito medo. Mas não me lembro de nada.
- Você conseguiu VER. Viu sua alma e como esta perdido no Mundo.- respondeu Makoto. –E o ato de VER o assustou tanto que esqueceu o que viu. VER é mais do que palavras podem dizer no momento. Como explicar para um cego a cor de uma maçã. Com o tempo começarão a VER e nisso entenderão melhor o que estou lhes dizendo.
Encerrando a palestra, Makoto se afastou, mas fui atrás dele.
- Reverendo!- chamei.
- Sim.- Respondeu ele.
- Poderia lhe perguntar algo? – pedi.
- Já o esta fazendo, não é. – brincou ele. – Mas, fale.
-  Quando começamos a VER?
- Quando não precisar perguntar mais isso para mim ou para qualquer outro. – respondeu ele se afastando. E ao longe terminou: - E quando não precisar perguntar mais isso para sí mesmo.
Olhei-o curioso pensando no que tinha ouvido, achando que tinha entendido, mas somente o consegui anos depois quando me lembrei daquilo que não poderia ser lembrado.

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